sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Apesar de tudo ela tem sonhos




Será mesmo que SONHAR NÃO CUSTA NADA? Se custa, você pagaria para realizar um sonho? Você se venderia para realizar esse sonho? Não precisa saber responder nenhuma das perguntas, mas a reflexão é necessária, principalmente, em tempos de propagação do ódio e de retrocessos, como nos dias atuais.

Desde sempre, a humanidade, por ser tão desumana, julga o outro com seu baluarte de honra e moral, enquanto empurra seus pecados para debaixo do tapete. No entanto, atualmente, através das redes sociais digitais, percebemos que a ignorância é o fundamento em comum desses discursos repressivos, discriminatórios e ofensivos.


Diante disso, nós, da terceira turma do curso de Jornalismo da ASCES-UNITA, através da disciplina Tecnologia da Informação e Comunicação, elaboramos este blogue, visando explorar um tema delicado e que sempre foi alvo de apedrejamentos: a prostituição.

Porém, trataremos o tema por uma perspectiva diferente. Queremos mostrar a prostituta enquanto pessoa. Alguém que tem nome, história, sentimentos, crenças e sonhos. Demonstraremos a necessidade de visualização da prostituição como questão social, através de uma visão humanizada, evidenciando a mulher que existe por trás da prostituta, seus objetivos, perspectivas e sonhos. Precisamos compreender como elas se veem dentro da sociedade local, o que a prostituição significa para elas, como se sentem e o que pensam sobre este assunto.

A prostituta não pode ser tratada com falta de respeito, não pode ser impedida de frequentar determinados lugares em decorrência da sua profissão, enfim, como cidadã ela tem os mesmos direitos e os mesmos deveres que os demais cidadãos. E, para que sua dignidade seja devidamente respeitada, é necessário que a vejamos como um ser humano, merecedor de respeito e de afeto.

Ressalte-se, primeiramente, que a situação das prostitutas no Brasil é de completa desproteção e descaso. Violência, abusos e violação de direitos são características inerentes à clandestinidade. A exaustiva e precarizada jornada de trabalho das profissões disponíveis, aliada à possibilidade de conquistar maior renda no exercício da prostituição, faz com que muitas prefiram fazer sexo em troca de dinheiro a trabalhar como doméstica ou caixista de supermercado em troca de quantia muito menor.

Trabalhar pelas ruas é arriscado, não só no processo de negociação com o cliente, como Também pela própria sociedade que as condena, as hostiliza e as ameaça constantemente.
Fundamental, ainda, distinguir a exploração sexual (quando há coerção) da prostituição (quando a mulher decide se prostituir). Tratar a prostituta sempre como uma vítima incapaz de tomar decisões por si mesma é subestimá-la.

Diante desta proposta, o blog espera contribuir para a desmarginalização de alguns estigmas sociais enraizados, proporcionando que cada leitor reconsidere seus pré-julgamentos e preconceitos. Nesse contexto, conhecemos Janaína Silvestre da Silva, 31 anos de idade, uma mulher valente, cheia de histórias para contar, mãe de John Lennon e dona de um sorriso incrível.

Conhecer essa história é um exercício de tolerância e empatia. Ela se apresenta contando suas histórias, infelizmente, tão cotidianas e tão cheias de adversidades que, inevitavelmente, irão despertar em cada ouvinte uma forma mais leve de enxergar essa profissão tão desgastante. 

Vendo Sonhos retrata a prostituição enquanto vendedora de satisfações e prazeres. Bem como, retrata a mulher sonhadora que enxerga um futuro feliz. 








Apesar de tudo ela tem sonhos

Será mesmo que SONHAR NÃO CUSTA NADA?  Se custa, você pagaria para realizar um sonho?  Você se venderia para realizar esse sonho?  ...