Será mesmo que SONHAR NÃO CUSTA NADA? Se custa, você pagaria para realizar um sonho? Você se venderia para realizar esse sonho? Não precisa saber responder nenhuma das perguntas, mas a reflexão é necessária, principalmente, em tempos de propagação do ódio e de retrocessos, como nos dias atuais.
Desde sempre, a humanidade, por ser tão desumana, julga o outro com seu baluarte de honra e moral, enquanto empurra seus pecados para debaixo do tapete. No entanto, atualmente, através das redes sociais digitais, percebemos que a ignorância é o fundamento em comum desses discursos repressivos, discriminatórios e ofensivos.
Diante disso, nós, da terceira turma do curso de Jornalismo da ASCES-UNITA, através da disciplina Tecnologia da Informação e Comunicação, elaboramos este blogue, visando explorar um tema delicado e que sempre foi alvo de apedrejamentos: a prostituição.
Porém, trataremos o tema por uma perspectiva diferente. Queremos mostrar a prostituta enquanto pessoa. Alguém que tem nome, história, sentimentos, crenças e sonhos. Demonstraremos a necessidade de visualização da prostituição como questão social, através de uma visão humanizada, evidenciando a mulher que existe por trás da prostituta, seus objetivos, perspectivas e sonhos. Precisamos compreender como elas se veem dentro da sociedade local, o que a prostituição significa para elas, como se sentem e o que pensam sobre este assunto.
A prostituta não pode ser tratada com falta de respeito, não pode ser impedida de frequentar determinados lugares em decorrência da sua profissão, enfim, como cidadã ela tem os mesmos direitos e os mesmos deveres que os demais cidadãos. E, para que sua dignidade seja devidamente respeitada, é necessário que a vejamos como um ser humano, merecedor de respeito e de afeto.
Ressalte-se, primeiramente, que a situação das prostitutas no Brasil é de completa desproteção e descaso. Violência, abusos e violação de direitos são características inerentes à clandestinidade. A exaustiva e precarizada jornada de trabalho das profissões disponíveis, aliada à possibilidade de conquistar maior renda no exercício da prostituição, faz com que muitas prefiram fazer sexo em troca de dinheiro a trabalhar como doméstica ou caixista de supermercado em troca de quantia muito menor.
Trabalhar pelas ruas é arriscado, não só no processo de negociação com o cliente, como Também pela própria sociedade que as condena, as hostiliza e as ameaça constantemente.
Fundamental, ainda, distinguir a exploração sexual (quando há coerção) da prostituição (quando a mulher decide se prostituir). Tratar a prostituta sempre como uma vítima incapaz de tomar decisões por si mesma é subestimá-la.
Diante desta proposta, o blog espera contribuir para a desmarginalização de alguns estigmas sociais enraizados, proporcionando que cada leitor reconsidere seus pré-julgamentos e preconceitos. Nesse contexto, conhecemos Janaína Silvestre da Silva, 31 anos de idade, uma mulher valente, cheia de histórias para contar, mãe de John Lennon e dona de um sorriso incrível.
Conhecer essa história é um exercício de tolerância e empatia. Ela se apresenta contando suas histórias, infelizmente, tão cotidianas e tão cheias de adversidades que, inevitavelmente, irão despertar em cada ouvinte uma forma mais leve de enxergar essa profissão tão desgastante.
Vendo Sonhos retrata a prostituição enquanto vendedora de satisfações e prazeres. Bem como, retrata a mulher sonhadora que enxerga um futuro feliz.
Vendo Sonhos retrata a prostituição enquanto vendedora de satisfações e prazeres. Bem como, retrata a mulher sonhadora que enxerga um futuro feliz.